Danell Standing era uma pessoa comum,
professor de faculdade, que vivia tranquilamente na Califórnia. Até o
dia em que foi pego matando um colega de trabalho em um dos laboratórios
da universidade. Por esse crime ele acabou sendo preso e torturado na
cadeia. Por oito anos ele ficou encarcerado, sendo cinco anos na
solitária, onde passava a maior parte do tempo em uma camisa de força,
depois ele acabou enforcado.
A parte interessante da história se passa
na época em que ele ficou isolado do mundo, preso em uma camisa de
força. Pois de alguma maneira Danell conseguiu desenvolver técnicas para
controlar suas dores e sua mente, chegando ao ponto de conseguir se
auto-hipnotizar. Dessa forma ele parecia ficar boa parte do seu tempo em
um estado de coma, mas na verdade ele estava “vivenciando suas vidas
passadas”.
Claro que todos achavam que essas suas
experiências eram uma bobagem completa, porém uma das histórias que ele
relatou se mostrou bastante intrigante. Um dia Danell revelou que em uma
vida passada fora um marinheiro e que no ano de 1809 partiu do porto da
Filadélfia com destino às Ilhas da Amizade.
No meio dessa suposta viagem seu navio teria naufragado e ele teria sido
o único sobrevivente. Durante 8 anos ele teria ficado preso em uma
ilha, até que foi resgatado por um navio que passou por lá. No dia que
foi salvo, ele carregava um remo continha esse texto:
“Serve esta para informar pessoa em cujas mãos este Remo vier a cair que DANIEL FOSS, natural de Elkton, Maryland, um dos Estados Unidos da América do Norte, e que zarpou do porto da Filadélfia em 1809 a bordo do brigue NEGOTIATOR rumo às Ilhas da Amizade, foi lançado nesta ilha desolada em fevereiro do ano seguinte e ali erigiu uma cabana e viveu inúmeros anos, subsistindo com carne de foca – sendo ele o último sobrevivente da tripulação do dito brigue, que colidiu com uma ilha de gelo e naufragou aos 25 de novembro de 1809.”
De início ninguém acreditou nessa
história, porém Danell Standing pediu que a enviassem para o curador do
Museu da Filadélfia o que ele havia escrito e assim foi feito. Em
resposta essa carta foi enviada pelo curador:
A resposta do curador segue transcrita abaixo:
“É verdade que existe aqui um remo como V.Sa. descreveu. Mas poucas pessoas sabem de sua existência pois ele não está em exibição ao público.
Na verdade, e já ocupo este cargo há dezoito anos, eu próprio não sabia de sua existência. Mas, consultando nossos antigos registros, descobri que tal remo foi-nos doado por um certo Daniel Foss, de Elkton, Maryland, no ano de 1821.
Não foi senão depois de longa busca que encontramos o remo, numa sala de madeirames diversos num sótão em desuso. As chanfraduras e o relato estão entalhados no remo, exatamente do modo descrito por V.Sa..
Está também em nossos arquivos um livreto, doado na mesma época, escrito pelo dito Daniel Foss e impresso em Boston pela firma N. Coverly, Jr.
Esse livreto descreve oito anos da vida de um náufrago numa ilha deserta. É evidente que esse marinheiro, em sua velhice e passando necessidades, fez circular o dito livreto entre as almas caridosas.
Tenho muita curiosidade em saber como V.Sa. tomou conhecimento desse remo, cuja existência nós, do Museu, ignorávamos. Estarei correto em presumir que V.Sa. teria lido esse relato em algum documento posteriormente publicado por esse Daniel
Foss? Terei a maior informação em receber quaisquer informações sobre o assunto e comunico a V.Sa. que estou tomando providências imediatas para recolocar o remo e o livreto em exibição.
Sem mais, firmo-me mui atenciosamente,
Hosea Salsburt"
E aí que o negócio complica e ninguém sabe que diabos esse sujeito fez para saber de tal coisa.
Texto retirado de Ah Duvido - Fonte da informação: Internet
0 Comentario "O andarilho das Estrelas"
Postar um comentário